domingo, 15 de março de 2009

Implantes


1 - O que é um implante?

É uma estrutura fabricada em metal (titânio) que é bem aceita pelo organismo. Assim sendo, acontece uma reação orgânica e se forma osso em torno da estrutura. Há um grande conhecimento a respeito da técnica e isso faz com que todo o processo possa ser muito bem planejado. Quando o implante é realizado dentro da técnica correta, os dentes podem ser instalados apoiados nos mesmos e o paciente pode utilizá-los como se fossem seus dentes naturais.


2 - Há quanto tempo a técnica existe?

Os trabalhos científicos iniciais foram desenvolvidos na Suécia coordenados pelo Professor Branemark há mais de 40 anos. A utilização no Brasil começou no final dos anos 80 e se propagou muito. Hoje temos empresas nacionais fabricantes e um grande número de usuários. A Neodent é uma empresa nacional que está em atividade há 13 anos e se firmou muito no mercado nacional e vem ganhando importante fatia do mercado internacional.


3 - Como os implantes são colocados?

É necessário que se faça uma consulta inicial onde o profissional avaliará se é possível instalar os implantes. Serão avaliados alguns fatores relativos à área onde o implante será instalado e outros relativos à saúde geral do paciente. Para isso o profissional precisará de alguns exames específicos que serão solicitados. Em alguns casos serão também necessários procedimentos de moldagem para obtenção de modelos em gesso e montagens para estudo do caso. Uma vez confirmadas as condições ideais, os implantes serão colocados através de uma cirurgia. Eles serão instalados no osso. Dependendo das condições no momento da instalação, os dentes poderão ser colocados no mesmo dia, no dia seguinte ou só depois de os implantes estarem osseointegrados (terem passado pelo período de osseointegração).


4 - O que é osseointegração? Por que em alguns casos espera o período e em outros não?

Osseointegração é um fenômeno que ocorre no organismo para incorporar o parafuso de titânio que foi cirurgicamente instalado ao osso. Como o titânio é um metal que é bem aceito pelo organismo (biocompatível), ocorre um processo de remodelação óssea para unir o titânio ao osso. Esse processo foi descrito pelo Dr. Branemark em 1969 e denominado “Osseointegração”. No início da utilização da técnica não se fazia a instalação dos dentes nos dias da cirurgia em nenhum caso. Depois, apoiados em resultados de pesquisas, o conceito mudou. Hoje, para casos em que o implante pode ser firmemente inserido, é possível a colocação das próteses sem esperar o período. Essa técnica recebe o nome de “Carga Imediata”. Para os casos em que não se consegue inserir os implantes de forma firme, espera-se o período e as próteses serão instaladas depois.


5 - É possível o paciente saber antes da cirurgia se terá seus dentes instalados em carga imediata ou não?

Na maioria dos casos é possível prever. Quando o profissional examina e faz o planejamento do caso é possível que ele tenha idéia das condições locais. Mas, na verdade, só no momento da instalação do implante ele terá certeza. Não é bom que ele arrisque instalar as próteses em casos em que os implantes não puderam ser firmemente inseridos.


6 - Nesses casos em que não instalam as próteses o que o paciente ficará usando?

Ficará com uma prótese provisória. Se a prótese for do tipo removível, ela receberá um material macio por dentro que terá que ser trocado periodicamente durante o período de espera.


7 - Quantos dentes é possível repor com implantes?

Poderemos substituir desde um único dente até toda uma arcada ou até todos os dentes da boca.


8 - No caso de reposição de muitos dentes, são colocados vários implantes sendo um para cada dente que falta?

Não, o profissional avalia o número de dentes que precisam ser recolocados (tamanho da prótese) e calcula a quantidade de implantes que será necessária. Por exemplo: Para repor toda a arcada inferior, na maioria dos casos, são utilizados 5 implantes.


9 - Os pacientes conseguem comer bem com os implantes?

Sim. Normalmente comem como pessoas que possuem próteses que se apóiam em dentes naturais.


10 - Sempre é possível colocar implantes?

Quando perdemos nossos dentes, normalmente, o osso que estava em volta sofre um processo de perda natural que é chamado reabsorção. Se o profissional detectar que o processo de perda foi muito grande podem ser necessários procedimentos de enxerto para que o osso perdido possa ser reposto. A avaliação da qualidade do osso também é importante. Serão solicitados exames específicos sempre que a possibilidade de problemas for detectada.


11 - Então os implantes sempre dão certo?

O índice de sucesso da técnica é muito alto. Se tudo for executado dentro da técnica e o paciente seguir direitinho as orientações, a chance de sucesso é alta. Sabemos também que é mais alta em determinadas regiões da boca do que em outras.


12 - O que acontece quando dá errado? Qual é o prejuízo para o paciente?

Quando o implante não osseointegra, ele apresenta mobilidade e se perde. Não há maiores prejuízos para a região. Na maioria dos casos os implantes poderão ser recolocados.


13 - Isso é rejeição?

Não. Rejeição é um processo usado pelo organismo para expelir materiais que não são aceitos. Isto não acontece com o Titânio devido à sua biocompatibilidade. A perda ocorre por outros motivos que podem ser: fatores relacionados ao paciente (exemplo: qualidade óssea não favorável) ou do procedimento em si.


14 - O que será necessário para manter uma prótese sobre implantes?

O paciente será orientado pelo profissional a respeito das técnicas de higienização, é muito importante que as orientações sejam corretamente seguidas. É necessário também que o paciente compareça periodicamente ao consultório para que o profissional possa avaliar o comportamento das próteses e dos implantes.


15 - Como será feita a higienização?

Com os métodos usuais utilizados na higienização dentária. O paciente deve escovar os dentes após as refeições e utilizar técnicas que permitam a limpeza correta na parte interna das próteses quando foram próteses maiores.

sábado, 14 de março de 2009

Implante odontológico : dúvidas frequentes (FAQs).

Aqui estão algumas perguntas que eu juntamente com meus clientes ,disponibilizamos para vocês , sendo estas as dúvidas mais frequentes(FAQs).

Porém se sua dúvida não foi sanada totalmente , parcialmente, ou ainda, nem citada nestas questões, por favor ,entre em contato para que possamos ajudá-los(as) ,e também ,peço que estas novas questões , se me permiterem divulgá-las ,lógicamente sem citar nomes , eu agradecería pois sua dúvida pode ser uma dúvida e de outros frequentadores deste blog.

Obrigado.

Dr. Norival F. Souza Jr

email:cirurgiaoraleimplantes@gmail.com

1. Quero fazer um Implante mas tenho medo, o que fazer?

A instalação de um implante dentário é um procedimento muito simples. Em caso de um implante unitário, não deve levar mais do que 30 minutos. Em geral há apenas um desconforto leve após a colocação de um implante e você poderá trabalhar no dia seguinte. A colocação do implante no osso, impressiona os pacientes, porém é importante dizer que no osso há pouca invervação para dor, sendo apenas a gengiva que traz a sensibilidade, que é facilmente controlada por meio de medicamentos. A sedação consciente pode ser usada para diminuir a ansiedade.

2. O que são implantes osseointegrados?

São uma nova geração de implantes, introduzidos a partir da década de 60, mas que só agora atingem um grau de aceitabilidade universal. São normalmente parafusos de titânio colocados em áreas desdentadas e que apresentam capacidade de exercer as funções mastigatórias e funcionais de maneira semelhante aos dentes naturais. Normalmente é colocado em duas etapas: uma para a inserção do implante de titânio propriamente dito – cirurgia mais extensa – e outra, alguns meses após, para a colocação de dispositivos que suportarão as próteses. Estas podem ser confeccionadas em curto período após a esta segunda etapa.

3. São superiores às próteses convencionais?

Certamente são melhores que dentaduras e próteses removíveis (“pontes móveis”). Têm capacidade funcional semelhante às próteses fixas em casos de espaços desdentados relativamente pequenos, mas a opção por um ou outro tratamento deve ser cuidadosamente analisada pelo profissional e em acordo com a solicitação do paciente, pois as situações são muito diversas e impedem a discussão com regras fixas. Nos casos de desdentados totais ou de áreas posteriores a solução com implantes é normalmente melhor do ponto de vista funcional.

4. Qual a chance de um implante dar certo?

Estudos de longa duração demonstraram que certos tipos de implantes apresentam taxas de sucesso acima de 90% nos implantes colocados e taxas superiores a 97% de sucesso das próteses (porque a perda de um implante não significa necessariamente a perda da prótese, pois está apoiada em outros implantes). Este índice de sucesso porém, é médio, e não vale igualmente para todas as regiões da boca. Os índices de falha em desdentados totais inferiores é próximo a 0% (zero por cento) e na região posterior da maxila, com osso pouco denso e após a colocação de implantes curtos (devido aos seios maxilares), a taxa pode chegar a 33%.

O que existe de mágico no titânio?

Nada. É um material utilizado em ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica, assim como outros metais da mesma família, como o nióbio por exemplo. O sucesso da técnica é devido a um bom conjunto de fatores e estas características do titânio sem dúvida são positivas, mas por si não garantiriam o sucesso do procedimento. O sucesso depende, em suma, do planejamento da técnica cirúrgica (que evita o super-aquecimento do osso), um período de cicatrização sem a colocação das próteses, e uma prótese adequada. Este protocolo para realização dos implantes possui minúcias que não podem ser desprezadas, e um profissional competente e bem treinado na técnica pode alcançar excelentes resultados.

6. Quais os riscos cirúrgicos?

Mínimos. A cirurgia é normalmente realizada com anestesia local e é muito menos traumática do que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a remoção de dentes inclusos. O pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incomodo maior. Existe, porém, um certo risco inerente a qualquer intervenção cirúrgica – como infecção pós-operatória, edema demasiado e alguns outros, mas em índices muito baixos e que não contra-indicam a técnica.

7. Existe garantia de sucesso?

A princípio a alta taxa de sucesso é uma boa garantia, mas sempre existe, nos processos biológicos uma certa dose de imponderabilidade. Não há a possibilidade de certeza de absoluto sucesso, mas devido às taxas anteriormente citadas, o desconforto da cirurgia é muito inferior ao benefício de possuir uma prótese fixa, e mesmo nos casos onde ocorre a falha, o procedimento poderá ser refeito.

8. Porque ocorrem as falhas?

A maioria porque o caso não é exatamente indicado para implantes. Tentar a colocação de implantes em casos não favoráveis deve ser uma opção consciente do profissional e do paciente, após a avaliação de todas as alternativas. Algumas falhas porém, ocorrem em casos aparentemente muito favoráveis e é praticamente impossível saber a causa real.

9. O que acontece se o implante apresentar alguma mobilidade após a colocação da prótese?

Significa a perda do implante. Toda mobilidade é progressiva e indicativa de insucesso.

10. Quanto tempo dura um implante? Qual sua vida útil?

Pode-se afirmar que em 95% dos casos, se os implantes não foram perdidos nos dois primeiros anos de uso, durarão por grande parte da vida do paciente.

11. Esteticamente é bom?

Depende muito do sistema utilizado e das condições locais. A estética melhorou muito nos últimos anos. Lembre-se: por melhor que seja o implante e o profissional, o primeiro continua sendo uma prótese, ou seja, a substituição de dentes naturais por artificiais. Expectativa demasiada em relação à implantes é comum mas normalmente é sucedida de uma certa parcela de frustração. Em muitos casos a solução estética é apenas aceitável. O melhor raciocínio é funcional: o implante é muito superior a outros procedimentos de prótese e na ausência dos dentes é o que pode ser realizado de melhor.

12. Devo voltar ao dentista depois te colocar os dentes?

É necessário no mínimo um controle clínico radiográfico a cada ano. É também uma obrigação do paciente comparecer a estes controles.

13. Se o dentista disser que vai colocar três e na hora da cirurgia colocar dois ou quatro implantes?

Um planejamento adequado minimiza este problema o qual pode ser discutido antes mesmo da cirurgia, pois durante o procedimento cirúrgico a participação do paciente deve ser passiva e, convenhamos não é o melhor momento para a discussão de preço e formas de pagamento. Quando necessário, coloca-se os implantes adequados e adia-se toda a discussão por assim dizer "burocrática".

14. Não é um exagero o dentista pedir tomografia computadorizada para análise do osso?

Não, especialmente no arco superior. Um estudo detalhado com o uso de tomografia computadorizada evita surpresas, especialmente aquelas da pergunta anterior.

15. Em relação à capacidade de mastigação, vai melhorar após a colocação de implantes?

Os implantes apresentam resultados funcionais muito superiores aos obtidos por dentaduras e próteses removíveis. Os pacientes que usam dentadura há muito tempo e colocam implante sentem a diferença muito significativa.

16. Se não existir osso suficiente, existem maneiras de aumentar a quantidade de osso disponível?

Sim, Na área da maxila podem ser feitas cirurgias para aumento de rebordo e/ou levantamento do seio maxilar, retirando-se osso do mento (queixo), do ramo da mandíbula ou da crista ilíaca. Na mandíbula o desvio do nervo alveolar inferior também pode ser realizados, mas as seqüelas pós-operatórias deste último diminui sua grandemente sua indicação.

17. Quanto tempo dura uma cirurgia?

Normalmente não passa de uma a duas horas. Em casos excepcionais este tempo pode ser dilatado.

18. Quanto tempo vou ficar sem usar prótese?

No caso do desdentado total, o período restringe-se a 3 a 4 dias após a primeira cirurgia,mas em alguns casos este período pode ser maior. Na Segunda etapa, quando é feito o acesso aos implantes, o paciente não fica sem a prótese. No caso de próteses parciais, muitas vezes, o paciente não fica dia algum sem prótese.

19. Devo extrair um dente natural para colocar implante?

O dente natural sempre é melhor do que qualquer prótese. Porém, em certas situações em que dentes naturais estão muito comprometidos por doença periodontal, por exemplo, pode-se aventar esta hipótese. Um planejamento global, levantando-se todas as alternativas, inclusive custo, deve ser mandatório. Não há consenso acerca do grau no qual o comprometimento dos dentes torna a colocação de implantes mais vantajosa.

20. Pelo fato de ser um material estranho existem riscos de rejeição ou de contaminação com vírus por exemplo? Como um implante é esterilizado?

Não ocorre rejeição, pois o titânio é um material imunologicamente inerte. Quanto à contaminação, quando ocorre normalmente ‘por via cirúrgica e não por falhas do processo de fabricação. Qualquer dos métodos normalmente utilizados para esterilização do implante – estufa ou autoclave – oferecem total segurança.

21. Posso comer de tudo após a colocação das próteses? E se fraturar algum dente da prótese, o implante está perdido?

Não, mas as restrições não são muito severas. Certos alimentos podem fraturar até mesmo dentes naturais. De qualquer forma, uma alimentação com um mínimo de cuidados é suficiente para a preservação dos dentes das próteses suportadas por implantes. Um dado positivo é que o reparo de dentes fraturados é relativamente fácil.

22. E se o implante falhar, qual o melhor procedimento?

Pode acontecer, especialmente em áreas de osso pouco denso e que permitam apenas implantes curtos. É sem dúvida um risco do processo. A melhor alternativa é tentar novamente, principalmente se houver osso suficiente, pois o osso após a remoção do implante tende a se tornar um pouco mais denso. O melhor é não ter pressa excessiva para resolver o problema, que é muito desagradável, mas inerente ao procedimento ainda que não ocorra freqüentemente. Normalmente em áreas de maior risco de perda o paciente deve ser convenientemente avisado previamente à cirurgia.

23. Tenho prótese superior total. Gostaria de saber da possibilibidade de uma overdenture sem palato. Quantos implantes? Quais os custos?

A overdenture sem palato é uma boa opção. Para fazê-la são necessários ao menos 4 implantes.Outra opção é fazer uma prótese fixa sobre implantes. Nesse caso são necessários entre 4 a 6 fixações.Os custos desse tipo de tratamento são variáveis e sua realização depende de exames prévios para prever a disponibilidade óssea da região.

24. Tenho um dente com uma pequena infecção. Um dentista que fui quer fazer cirurgia na raiz e deixar a coroa como está, outro pensa que é melhor não fazer a cirurgia, e sim, um implante. A diferença de preço é muito grande. Qual seria o melhor método?

As duas alternativas são boas dependendo da indicação. A primeira opção estaria indicada caso a raiz esteja em boas condições de continuar em função. Já a segunda seria melhor caso em casos de raiz fraturada, lesões ou cáries. Hoje em dia existe uma tendência a atuar com implantes, pois sabemos que os tratamentos duram muito tempo e tem resultados previsíveis. Dessa forma o custo/benefício do tratamento compensa.

25. Gostaria de saber se quem tem pré-disposição para placa bacteriana pode fazer implante.

Sim, quem tem predisposição para placa bacteriana e doença periodontal pode sim fazer implantes, desde que o processo esteja controlado.

26. Gostaria de fazer meu tratamento dentário pois sei como isso é importante, mas tenho verdadeiro pavor do tratamento e imagino como deve ser caro.

Nos dias de hoje dispomos dos mais recentes avanços na implantodontia, com valores muito acessíveis. Os tratamentos podem ser parcelados para facilitar o pagamento.

26. Gostaria de fazer meu tratamento dentário pois sei como isso é importante, mas tenho verdadeiro pavor do tratamento e imagino como deve ser caro.

Nos dias de hoje dispomos dos mais recentes avanços na implantodontia, com valores muito acessíveis. Os tratamentos podem ser parcelados para facilitar o pagamento.

27. Preciso realizar uma cirurgia de levantamento de seio maxilar (bilateral), para colocação de implantes na parte superior. Gostaria de saber quais os riscos? Como funciona o pós operatório? Se sentimos dores grandes? Enfim, tudo que se faça necessário para a minha tranqüilidade e decisão neste assunto.

A cirurgia de levantamento de seio maxilar é um procedimento seguro e rotineiro nas atrofias da maxila. O risco maior é de insucesso da cirurgia pela perfuração de uma membrana muito fina do seio maxilar.O pós operatório normalmente é muito bom, podendo haver leve dor e inchaço. Se estiver bem indicado deve ser feito, pois é a melhor forma de obter a reabilitação da área posterior da maxila.

28. Moro em Salvador/BA e estou planejando uma ida à São Paulo para tratamento odontológico. É vergonhoso dizer, mas há anos não vou ao dentista porque tenho pavor. Tenho as seguintes dúvidas: Como eu posso fazer um orçamento prévio? Pessoalmente ou enviando alguns exames (Raio X, fotos, etc.)?

Temos uma estrutura que permite a resolução de tratamentos em um prazo curto do que o normal, segundo nossa filosofia de Day clinic. Caso o Sr tenha interesse em um estudo mais detalhado de seu caso, seria de grande ajuda o envio de uma radiografia panorâmica e fotos de sua arcada. De todo modo, posso garantir que os procedimentos atuais são completamente indolores.

29. Gostaria de saber sobre a possibilidade de fazer a substituição de duas próteses removíveis com grampos por próteses fixas sem grampos ou implante. Gostaria e de acabar com a visualização dos grampos no sorriso.

Um tratamento como o seu aparenta pequena complexidade e pode ser concluído em um prazo curto, segundo nossa filosofia de Day clinic. Sugerimos sempre que seja feito também um clareamento dental para que todo o sorriso se torne mais branco e esteticamente mais bonito. Caso o Sr Tenha interesse em um estudo mais detalhado de seu caso, seria de grande ajuda o envio de uma radiografia panorâmica e fotos de sua arcada.

30. Tenho duas pontes fixas (uma em cada lado) na parte de cima e estou com dois implantes iniciados (foram colocados os pinos). Gostaria de completar os implantes e trocar todos os dentes por dentes brancos e bonitos, pois os meus são amarelos e as pontes estão velhas, com os metais aparecendo. Moro em Salvador, Bahia, gostaria de saber quantos dias seriam necessários para fazer um tratamento.

Um tratamento como o seu tem pequena complexidade e pode ser concluído em um prazo entre 10 e 15 dias, segundo nossa filosofia de Day clinic e Spa odontológico. Sugerimos sempre que seja feito também um clareamento dental para que todo o sorriso se torne mais branco e esteticamente mais bonito.

31. Uso dentadura inferior e superior, tenho 52 anos, posso recuperar minha dentição? É possível informar custos?

Hoje em dia é possível recuperar a dentição, pois existem múltiplas alternativas, principalmente com implantes dentários. Para passar orçamento preciso de estudos mais detalhados por meio de exames, que podem ser facilmente feitos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

Auto-Medicação

USO INDISCRIMINADO DE ANTIBIÓTICOS

1. QUAIS SÃO AS INDICAÇÕES PARA A UTILIZAÇÃO DE ANTIBIÓTICOS?
Os antibióticos são, de um modo geral, indicados nos casos de controle de infecções. Na cavidade bucal,são indicados em infecções nas quais os procedimentos
odontológicos já foram realizados sem alcançar o resultado esperado; no pós-operatório de procedimentos cirúrgicos; ou ainda no pré-operatório em pacientes suscetíveis às infecções oportunistas. A indicação de antibiótico só deve ser realizada pelo cirurgião-dentista após avaliação adequada.

2. HÁ EXAMES ESPECÍFICOS PARA ESTA FINALIDADE?
Sim. Existem testes microbiológicos que analisam o tipo de agente causador da infecção, conhecidos por cultura microbiológica. Estes testes laboratoriais iden-
ti cam a espécie da bactéria que está causando a infecção e, subseqüentemente, são realizados exames de antibiograma, determinando qual antibiótico deve ser
usado para a bactéria causadora da infecção. Existem ainda testes moleculares capazes de detectar a presença de microrganismos e de genes associados à resistên-
cia bacteriana frente aos agentes antimicrobianos.

3. QUAIS SÃO AS CONTRA-INDICAÇÕES DO SEU USO?
O uso indiscriminado de antibióticos leva ao aparecimento de cepas bacterianas resistentes na comunidade. Infelizmente, a automedicação é um erro cultural da
população, que atualmente colhe prejuízos individuais e coletivos à sociedade. O uso de antibióticos deve ser analisado quando indicado aos pacientes com proble-
mas de fígado, rins; para crianças e idosos.

4. QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS DE SUA UTILIZAÇÃO?
Basicamente, o maior benefício da administração de antibióticos é o controle da infecção. A medicação antimicrobiana, dependendo da natureza da indicação
de sua prescrição, é uma terapia coadjuvante ao tratamento odontológico. Não deve ser empregada sozinha, devendo estar na maioria das vezes associada aos
procedimentos odontológicos.

5. QUAIS OS RISCOS INDIVIDUAIS AO PACIENTE?
Várias reações adversas e efeitos colaterais podem ser observados, dentre eles alterações gastrintestinais (náuseas, vômitos e diarréia), hipersensibilidade (reações alérgicas), toxicidade renal e hepática, erupções cutâneas e ulcerações na boca.
Há ainda possíveis interações entre medicamentos,como por exemplo, a interação com o álcool. A relação custo-benefício da sua administração deve ser avaliada pelo cirurgião-dentista.

6. QUAIS SÃO OS RISCOS COLETIVOS À SOCIEDADE?
Atualmente, alguns tipos de antibióticos já apresentam seu efeito combatido pelas próprias bactérias.
Este processo é conhecido por resistência bacteriana e é causado pela seleção de microrganismos resistentes quando do uso de antibióticos. Por isso, deve ser
evitado o uso indiscriminado de antibióticos e os antimicrobianos de última geração devem ser restritos ao tratamento de infecções por agentes multiresistentes.

7. EM CASOS DE INFECÇÕES BUCAIS OU ODONTOLÓGICAS, COMO PROCEDER?
Vale ressaltar, novamente, a importância da consulta ao cirurgião-dentista. Este pro ssional é competente e capaz de avaliar a situação, particularizando a forma de tratamento caso a caso. A consulta ao cirurgião-dentista impede a automedicação e evita conseqüências mais graves.

REV ASSOC PAUL CIR DENT 2008;62(4):308

Pericoronarite




1. O QUE É A PERICORONARITE?
É uma inflamação gengival que ocorre geralmente próxima dos terceiros molares (dentes do “siso”), quando estes estão erupcionando (“nascendo”) na cavidade bucal.

2. EM QUAL IDADE A PERICORONARITE É MAIS FREQÜENTE?
Ocorre geralmente entre 17 e 21 anos de idade, coincidindo com a faixa etária na qual erupcionam os terceiros molares.

3. QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS SINTOMAS DA PERICORONARITE?
O paciente geralmente apresenta a gengiva inflamada ou infeccionada na parte que recobre o dente em erupção, podendo drenar pus na região;
mau hálito; desconforto ou dor localizada ou irradiada pela mandíbula; inchaço local e regional (região do pescoço abaixo da mandíbula); dificuldade
na abertura e fechamento da boca; dificuldade para falar, mastigar e engolir; dores musculares e articulares na ATM (articulação têmporo-mandibular). Em alguns casos, o paciente pode apresentar febre e “ínguas” (linfoadenodopatia).

4. COMO EVITAR A PERICORONARITE?
Mantendo sempre a rigorosa higiene bucal, através da escovação e passagem do o dentário na região dos terceiros molares, evitando dessa forma o acúmulo e
deposição de alimentos e placa dentária nessa região.
Os bochechos com colutórios bucais podem ainda ser utilizados como medida coadjuvante.

5. COMO TRATAR A PERICORONARITE?
É importante destacar a importância da consulta ao cirurgião-dentista, pois somente este profissional é capacitado para o correto diagnóstico e tratamento. Bochechos com anti-sépticos bucais ou a aplicação de água oxigenada 10 volumes podem auxiliar
no tratamento. Provavelmente, o cirurgião-dentista deverá prescrever medicação analgésica, antiin anti-inflamatória e, se houver necessidade, antibiótico para
controlar a infecção, durante a fase sintomática.
Quando o processo de in amação ou infecção estiver controlado, o excesso de gengiva que recobre
o dente pode ser removido através de procedimento cirúrgico ou ainda, se o dente estiver parcialmente erupcionado, há a indicação da extração do dente. É possível que a pericoronarite recorra se o dente continuar nesta situação de semi-erupção ou
caso a higiene bucal falhe.

Antibióticos danificam os dentes?







ANTIBIÓTICO CAUSA CÁRIE DENTÁRIA?

Não. Apesar de freqüentemente pessoas relacionarem a presença de lesões de cárie com o consumo de antibióticos, principalmente durante a infância, os medicamentos antibacterianos não estão entre os fatores causadores da doença cárie dentária.

POR QUE É COMUM AS PESSOAS RELACIONAREM O USO DE ANTIBIÓTICOS COM A CÁRIE DENTÁRIA?

Alguns pesquisadores afirmam que essa relação é percebida pela população devido ao efeito do antibiótico sobre os microorganismos. Para algumas pessoas, na medida em que os antibióticos destroem os microorganismos, eles também poderiam destruir os dentes. Outra possível explicação para tal relação pode ser devido à utilização em um passado recente do antibiótico tetraciclina em crianças, que levou a manchamentos nos dentes, os quais poderiam ser percebidos pela população como cárie.

A TETRACICLINA MANCHA OS DENTES?

O antibiótico tetraciclina, quando utilizado no período em que os dentes estão sendo formados (dentes de leite anteriores: da metade da gravidez até 4-6 meses de vida; dentes permanentes anteriores: até 7-8 anos de idade) pode induzir a formação de manchas de coloração amarelada ou marrom-acinzentada na estrutura dentária. É importante ressaltar que essas alterações só ocorrem se a tetraciclina for utilizada no período em que os dentes estiverem em processo de formação. Seu uso quando os dentes já estão formados ou mesmo presentes na boca não causa efeito algum ao dente.

ENTÃO, APENAS A TETRACICLINA PODE CAUSAR EFEITOS NEGATIVOS NO DENTE?

É importante refletirmos sobre três pontos:

1º Os antibióticos e demais medicamentos, como xaropes, prescritos para crianças, geralmente apresentam-se sob a forma de suspensões adocicadas, freqüentemente com sacarose, para serem aceitas mais facilmente pelo paciente infantil.

2º Além da presença do açúcar, muitos medicamentos também apresentam alta acidez, favorecendo a perda da porção mineral da estrutura dentária.

3º Pais de crianças enfermas geralmente são menos rigorosos com a higiene bucal de seus filhos.

Assim, uma criança que toma um medicamento adocicado e ácido, de 6 em 6 ou de oito em oito horas, inclusive de madrugada, e com a escovação negligenciada, certamente apresentará maior risco de ter problemas dentários; principalmente se essa condição se mantiver por um longo período de tempo. Sob estas circunstâncias, o uso de qualquer medicamento pode aumentar o risco de desenvolvimento da cárie.

ENTÃO, O QUE CAUSA PROBLEMA NOS DENTES NÃO É O ANTIBIÓTICO, MAS A FORMA COMO ELE É ADMINISTRADO?

Isso mesmo. O que pode aumentar o risco de problemas dentários não é o princípio ativo do medicamento, e sim a forma como ele é administrado: solução adocicada e/ou ácida. Se o mesmo medicamento fosse administrado na forma de cápsulas, comprimidos ou injeções, haveria risco menor de prejuízo aos dentes.

EXISTE ALGUMA MANEIRA DE DIMINUIR A AÇÃO DELETÉRIA DO MEDICAMENTO UTILIZADO NA FORMA DE SUSPENSÃO PARA CRIANÇAS?

Sim. Os possíveis danos dentários decorrentes do uso de medicamentos açucarados podem ser anulados facilmente com a adoção de um hábito simples: realizar a higiene bucal, com escova, pasta e fio dental após cada dose da medicação.

No caso de bebês, limpar os dentes com uma fralda de tecido ou gaze umedecida em água filtrada. No caso de medicamentos ácidos, o ideal seria que eles fossem dados à criança após uma higiene bucal bem feita, pois as bactérias que causam a cárie dentária e a inflamação gengival estão na placa bacteriana, que acumula ao redor dos dentes quando estes não são limpos.

• Luiz Evaristo Ricci Volpato
Doutorando em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo, Professor da Faculdade de Odontologia de Cuiabá.
• Andrea Anzai
Doutoranda em Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.
• Salete Moura Bonifácio da Silva
Professora Doutora da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.
• Maria Aparecida de Andrade Moreira Machado
Professora Associada da Disciplina de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia de Bauru da Universidade de São Paulo.

Disfunção da ATM e dores orofaciais.





O que é dor orofacial?

Dor orofacial pode ser definida como uma dor que acomete a região orofacial, ou seja, a boca, a face, a cabeça e o pescoço. São dores que podem ocorrer devido a problemas musculares, da articulação temporomandibular (ATM), dos dentes, dos vasos sanguíneos e/ou dos nervos. Dentre as condições dolorosas mais comuns da região orofacial, destacam-se as dores de origem músculo-esquelética, mais conhecidas pelo termo disfunções temporomandibulares (DTMs).

O que é DTM?

DTM é um termo que inclui um número de problemas clínicos que envolvem a musculatura mastigatória, a ATM e estruturas associadas, ou ambas. Pode gerar dores de cabeça, cansaço muscular, dor nas ATMs, dores próximas à região do ouvido, dores na região do pescoço, mordida instável e/ou dificuldade de mastigação.

Quais são os sintomas mais comuns?

Dor na região do ouvido sem infecção, dor ou desconforto na região da ATM mais comumente ao acordar ou no final da tarde, dor na ATM durante a fala ou a mastigação, dificuldade para abrir ou fechar a boca, cansaço nos músculos da face e/ou da mastigação, sensibilidade dentária quando não há nenhum problema aparente.

O que pode causar DTM?

Cada indivíduo engole cerca de 2.000 vezes por dia, o que gera o contato dos dentes superiores e inferiores. Assim, situações como mordida instável, dentes perdidos, mau alinhamento dentário, apertamento e/ou rangido dos dentes (também conhecido como bruxismo), trauma na cabeça ou no pescoço e má postura podem causar problemas, pois os músculos têm de trabalhar mais para compensar essas falhas. Assim, os músculos podem entrar em fadiga e alterar toda a função do sistema mastigatório, causando dor e desconforto.

O que é o bruxismo?

Bruxismo é o apertamento ou rangido dos dentes, que pode ocorrer enquanto o indivíduo está acordado ou dormindo. É uma atividade danosa ao sistema mastigatório, pois pode gerar desgaste dos dentes ou dor muscular, entre outros problemas. Indivíduos com dentes desgastados, portanto, necessitam de uma avaliação para verificar se possuem quadro de bruxismo ativo e se há necessidade de tratamento. É importante ressaltar que alguns medicamentos podem induzir ou agravar essa situação.

O que eu posso fazer para tratar a DTM?

A maioria dos casos pode ser tratada pela promoção de repouso das articulações e dos músculos mastigatórios. Isso pode ser conseguido por meio de manobras odontológicas, como por exemplo, a confecção de placas oclusais, utilização de medicamentos e, fundamentalmente, pela aquisição de novos hábitos saudáveis. Em muitos casos, o paciente po­de apresentar melhora com manobras simples, como adoção de dieta com alimentos macios, exercícios físicos para os músculos da mastigação, educação das funções mastigatórias, compressas quentes e frias e controle do apertamento dentário. Em casos muito específicos, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

A DTM é permanente?

Essa condição é episódica e pode ocorrer em fases de estresse ou após algum evento físico (como um trauma) ou emocional. É fundamental, entretanto, que o paciente procure por tratamento para que a dor não se torne crônica (de longa duração), o que torna o tratamento muito mais difícil.

Texto extraído da Revista APCD Vol 62 - 6

Implantes Dentários



Implantes Dentários

O que são implantes dentários?

Implantes dentários osseointegráveis são parafusos confeccionados em titânio puro que podem ser colocados dentro dos ossos maxilares, funcionando como fixação para diferentes tipos de próteses dentárias: de um único dente, de vários dentes, ou até mesmo de todos os dentes. Os pacientes costumam confundir implantes com próteses fixas; na realidade, implantes servem para substituir as raízes dos dentes, em situações de perda ou impossibilidade de aproveitamento destas.

Qualquer paciente pode receber implantes?

Praticamente todos os pacientes em bom estado geral (que não apresentem doenças de ordem médica) podem receber implantes dentários. Alguns fatores podem influenciar no sucesso do tratamento, como, por exemplo, o fumo e a diabetes, devendo ser avaliados previamente. O procedimento de implantação oral é um ato cirúrgico e uma adequada avaliação é necessária antes de qualquer cirurgia bucal.

Por que alguns pacientes precisam de enxertos ósseos?

A necessidade de enxertos ósseos é freqüente. Eles podem ser feitos em uma cirurgia prévia à implantação e, nesse caso, os implantes serão colocados após um período de cicatrização óssea de 6 a 12 meses. Quando possível, o enxerto é realizado na mesma cirurgia de colocação dos implantes.

É preciso realizar algum tratamento antes de colocar os implantes?

Em alguns casos sim. Deve-se eliminar qualquer processo infeccioso pré-existente na cavidade oral, ou seja, tratamento periodontal (gengival), extração de dentes com focos de infecção bem como tratamentos endodônticos (canais) devem ser realizados anteriormente à implantação. Todos esses aspectos fazem parte de um planejamento inicial realizado pelo profissional, que deve ser discutido abertamente com o paciente, antes do início do tratamento.

Dói muito para colocar os implantes?

Não. Obviamente trata-se de um procedimento cirúrgico e um certo edema (inchaço) é esperado, especialmente nos primeiros 5 dias pós-operatórios. O edema é tanto maior quanto maior o porte da cirurgia. Cirurgias de enxerto ósseo costumam provocar maior trauma. Entretanto, existem medicações específicas para o controle da inflamação pós-operatória, assim como antibió-ticos (remédios que combatem infecção) e analgésicos, que o cirurgião poderá prescrever em caso de necessidade.

Quanto tempo demora o tratamento?

Depende de cada caso. Após a colocação, os implantes permanecem em repouso por um período que varia de 2 a 6 meses, para que ocorra o fenômeno biológico da osseointegração (união direta do titânio ao osso), após o qual os implantes são descobertos e uma prótese dentária é conectada ao implante por meio de uma parte secundária denominada “abutment” ou pilar. Em casos que envolvem enxerto ósseo, o tratamento fica inevitavelmente mais longo. Em alguns casos específicos, a prótese pode ser instalada já no dia da cirurgia de implantação.

Existe perigo de rejeição?

Não. A taxa de sucesso dos implantes osseointegráveis é alta, havendo diversos estudos científicos comprovando sua eficácia, mesmo após muitos anos em função mastigatória. Existe, porém, uma possibilidade pequena de perda do implante (não ocorrência da osseointegração), em torno de 2 a 3% dos casos, normalmente logo após o período de repouso pós-implantação. Nesses casos o implante é removido facilmente, podendo um novo implante ser recolocado no local.

Como devo cuidar dos implantes após o tratamento? Podem existir complicações relacionadas aos implantes?

Os implantes, assim como os dentes e gengivas, têm de ser muito bem limpos, utilizando-se os dispositivos (fio dental e escova) recomendados pelo seu cirurgião-dentista.
A principal complicação biológica é a periimplantite (doença que acomete o osso e a gengiva ao redor do implante). Podem também ocorrer problemas relacionados a planejamentos de tratamento inadequados ou a implantes colocados em posições desfavoráveis. As complicações biomecânicas mais freqüentes são a fratura ou o afrouxamento dos pequenos parafusos que prendem as próteses. Fraturas de implantes podem ocorrer, embora sejam mais raras. O mais importante é o comparecimento regular do paciente às consultas de manutenção para prevenir ou diagnosticar precocemente qualquer alteração.

Orientações Sugeridas por Mauro Tosta - Coordenador do Curso de Formação em Implantodontia da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas - Regional Jd. Paulista.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Herpes Labial






Herpes Labial

O que é o herpes?

O herpes simples é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus chamado Herpes hominis virus. Existem dois tipos de vírus do herpes simples: o tipo 1 e o tipo 2. Geralmente, o tipo 1 é responsável pelos casos de herpes labial, e o tipo 2, pelo herpes genital.



Como acontece a transmissão do vírus?

A infecção pelo herpes se dá através do contato direto com lesões infectadas pelo vírus. Esse primeiro contato se dá, invariavelmente, durante a infância. A situação mais comum de contágio é aquela em que algum dos pais ( ou parentes próximos) é portador do vírus, apresenta as lesões em lábio e entra em contato direto com a pele da criança.

O que acontece depois que a criança se contamina?

Após o contato com as lesões, a pessoa passa por uma fase de incubação do vírus, que dura em torno de 10 dias. Após esse período, algumas crianças podem apresentar a primo-infecção herpética ou estomatite herpética primária. Essa fase é marcada por manifestações clínicas, como febre, mal estar geral, irritabilidade, cefaléia, perda de apetite e linfadenopatia. A seguir, podem surgir bolhas na boca, nos lábios e na pele em torno dos lábios. Logo as bolhas se rompem, formando úlceras extremamente dolorosas e sangrantes. O quadro clínico tem resolução espontânea em cerca de 15 dias. Apesar da severidade da manifestação primária do herpes, apenas 1% dos pacientes que são infectados pelo vírus desenvolvem a doença clínica: 99%, apesar de infectados, não apresentam sinais ou sintomas clínicos.

Mas não são os adultos que apresentam a doença com mais freqüência?

Sim. Na verdade, são poucas as crianças que apresentam as lesões em pele ou boca. Após o contágio inicial (tendo ou não apresentado as manifestações clínicas), o vírus fica “dormente” dentro do organismo e só volta a apresentar manifestações clínicas a partir da adolescência. As manifestações clínicas que acontecem na fase adulta ocorrem pela reativação do vírus que estava “dormente” e estão, geralmente, ligadas à queda de imunidade.

Quais as causas da reativação do vírus?

Alguns fatores desencadeantes comuns são: febre, exposição ao sol, distúrbios gastrointestinais, trauma mecânico, estresse e períodos menstruais.

Como são as lesões recorrentes?

As manifestações secundárias não são tão graves como as da primo-infecção. As lesões restringem-se, na maioria dos casos, à região perioral ou perinasal, aparecendo na forma de pequenas bolhas que estouram e são recobertas por uma crosta durante o processo de cicatrização. O curso clínico da estomatite herpética secundária finda em torno de 8 dias.

Existe cura para o herpes?

Não, mas existe tratamento. O tratamento visa diminuir a freqüência com que os episódios ocorrem. Atualmente, os tratamentos envolvem drogas como o aciclovir, empregadas de forma local e sistêmica, e aplicações de laser de baixa intensidade.

Cancer bucal

Prevenção do Câncer Bucal.

O câncer de boca ocupa uma posição de destaque entre os tumores malignos do organismo devido a sua relativa incidência e mortalidade. A prevenção e o diagnóstico precoce podem ser realizados pelo cirurgião-dentista através dos seguintes procedimentos: correto exame clínico; afastamento dos fatores co-carcinógenos; diagnóstico e tratamento das lesões cancerizáveis; exames complementares (principalmente biópsia e citologia exfoliativa) e orientação e estimulação ao auto-exame.

O que são e quais são os fatores co-carcinógenos?

São fatores que predispõem o paciente a desenvolver um tumor maligno; na boca, podemos citar principalmente o etilismo (álcool) e o tabagismo (cigarro, cachimbo etc.), as condições precárias de higiene (dentes quebrados, raízes residuais, tártaro etc.) e as próteses inadequadas ou em más condições (dentaduras e pontes fraturadas ou que causam algum ferimento).

O que são lesões cancerizáveis?

São enfermidades bucais que, quando não tratadas, podem evoluir para um câncer.

O que causa o câncer oral?

A etiologia é desconhecida, porém, alguns fatores são relacionados ao aparecimento dessas lesões. Os principais são: tabagismo, etilismo, traumatismos mecânicos e, nos cânceres de lábio inferior, também pode-se citar os raios solares.

Como o cigarro atua?

Durante o ato de fumar, são liberadas inúmeras substâncias químicas junto à fumaça, algumas reconhecidamente cancerígenas. Outra ação seria o calor produzido principalmente pelo cachimbo.

Como se faz o auto-exame e o que procurar?

Diante do espelho, com uma boa iluminação, deve-se inspecionar e palpar todas as estruturas bucais e do pescoço. Durante o auto-exame, os principais indícios a serem observados são: feridas que permanecem na boca por mais de 15 dias, caroços (principalmente no pescoço e embaixo do queixo), súbita mobilidade dental, sangramento, halitose, endurecimento e ou perda de mobilidade da língua. É importante frisar que a dor pode ser um sinal de lesão avançada.

Qual o perfil do paciente com câncer bucal e qual a região mais atingida?

Geralmente são homens (86,07%), com idade entre 45 e 55anos, brancos (84,84%) e tabagistas (95,08%). A região da boca mais atingida é a língua, seguida do assoalho bucal e lábio inferior.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é simples. Após o exame clínico, o profissional, suspeitando de um tumor maligno, realiza uma biópsia, que consiste na remoção de um pequeno fragmento da lesão para posterior exame microscópico.

Como é feito o tratamento?

O tratamento pode ser realizado através de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, podendo ser associados ou não.

Existe cura para o câncer?

Sim, e quanto mais cedo for diagnosticado (diagnóstico precoce), maiores são as chances de cura, sendo as seqüelas menores e, portanto, maior a qualidade de vida.

Cirurgia ortognática



Cirurgia Ortognática

O que é a Cirurgia Ortognática?

A cirurgia ortognática é realizada para correção de desarmonias faciais. Nesses casos, os maxilares (maxila e mandíbula) não se encontram posicionados corretamente, resultado de um crescimento desordenado dos ossos da face, de um posicionamento incorreto dos dentes ou de algum trauma, gerando alterações na mastigação, respiração e fala. O desequilíbrio na face gera problemas funcionais e insatisfação pessoal. Os pacientes podem apresentar alterações no sorriso, na oclusão (encaixe dos dentes), dores cervicais e perdas dentárias. A cirurgia corretiva capaz de reposicionar os dentes e ossos da face adequadamente e criar uma aparência mais equilibrada e satisfatória é a cirurgia ortognática.

Como a Cirurgia Ortognática é realizada e onde pode ser feita?

A cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, sob anestesia geral, sendo necessária a realização de exames pré-operatórios e avaliação cardiológica e de outras especialidades médicas, se necessário. O paciente passará por um anestesista para esclarecimentos a respeito da anestesia geral. Durante a cirurgia, realiza-se o devido reposicionamento dos ossos da face, que são imobilizados com placas e parafusos de titânio, permitindo ao paciente sair de boca aberta do procedimento. Em apenas algumas horas realizamos a correção do problema facial e da mastigação. A cirurgia é totalmente realizada por dentro da boca, sem a existência de cicatrizes na pele. Programa-se toda a cirurgia com antecedência, o paciente recebe um preparo nutricional, psicológico e físico e a cirurgia é agendada para a melhor época, tanto para o paciente como para o ortodontista e o cirurgião.



Realiza-se algum preparo para essa mudança?

É fundamental, para um bom resultado cirúrgico, a realização de um planejamento por parte do ortodontista e do cirurgião. Esses profissionais realizarão uma detalhada avaliação das condições funcionais dos dentes e maxilares, a fim de estabelecerem o plano de tratamento. Dessa forma, será estabelecido todo o preparo ortodôntico antes da cirurgia para correção do posicionamento dos dentes dentro de suas bases ósseas, para que a cirurgia posicione adequadamente as bases ós-seas entre si. O preparo ortodôntico requer tempo e paciência, em média de um a dois anos antes da cirurgia. A mordida nesta fase tende a piorar, mas isso é temporário e importante para o sucesso da correção cirúrgica meses depois.

Como é o pós-operatório?

Geralmente o paciente permanece hospitalizado cerca de um a dois dias, quando então continua sua recuperação em casa. Inicialmente, apresentará inchaço na face, dificuldades para falar e realizar atividades. A dor não é freqüente, pois a região operada fica adormecida por alguns meses. A dieta deve ser líquida por dez dias, passando para pastosa até a devida orientação do cirurgião. A fisioterapia é iniciada nas primeiras 24 h após a cirurgia, para drenagem do edema facial e retorno mais rápido das funções mandibulares. O paciente retornará ao cirurgião muitas vezes nos primeiros três meses após a cirurgia, para o devido acompanhamento de sua recuperação. Após duas ou três semanas, geralmente o paciente está apto a retornar a muitas atividades. A recuperação é gradativa, necessitando da compreensão de todos para a mudança ocorrida e o sucesso do procedimento executado.

Quanto tempo depois da cirurgia o tratamento é finalizado?

O paciente retorna ao ortodontista para a finalização ortodôntica cerca de seis semanas após a cirurgia, a fim de realizar o refinamento do posicionamento final dos dentes. Esse processo é variável, durando em média de seis meses a um ano. Após a remoção do aparelho ortodôntico, o paciente permanece com aparelho de contenção por no mínimo um ano e nesta fase pode considerar alguns procedimentos cosméticos para deixar o sorriso ainda mais bonito, tais como clareamento dental, cirurgias gengivais e diversos recursos odontológicos e médicos, a fim de proporcionar a completa satisfação do paciente.

Analgesia inalatória com óxido nitroso

Analgesia Inalatória

O que é analgesia inalatória?

Também conhecida como sedação consciente, é um procedimento clínico no qual é utilizada a mistura de óxido nitroso e oxigênio, inalada previamente ao e durante o procedimento odontológico, por meio da qual o paciente apresenta diminuição da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar durante o atendimento, frente ao quadro de estresse, ansiedade ou nervosismo.

A analgesia inalatória com óxido nitroso e oxigênio está indicada para quais casos?

O procedimento de analgesia inalatória está indicado para pacientes odontofóbicos, ansiosos, nervosos e doentes como diabéticos, hipertensos, ou cardiopatas controlados, etc. Vale ressaltar que, sempre que houver doenças sistêmicas, a avaliação da oportunidade de tratamento deve ser feita junto com o médico responsável.

Há contra-indicações de uso? Quais seriam?

Normalmente, em pacientes portadores de patologias do trato respiratório superior, como aumento das adenóides, desvio de septo nasal, pólipos nasais (“carne esponjosa”), patologias do seio maxilar (sinusite infecciosa), e do trato respiratório inferior (infecções pulmonares, doenças pulmonares obstrutivas crônicas – DPOC – e doenças do volume pulmonar, como enfisema e bronquite crônica), além de pacientes com histórico de acidente vascular cerebral (derrame). Em pacientes psiquiátricos, paranóicos, esquizofrênicos e psicóticos, o uso da máscara nasal pode ser dificultado.

Quais são os benefícios e as vantagens de utilização da técnica?

A analgesia é de fácil aplicação, provocando a redução da freqüência cardíaca e respiratória, proporcionando conforto e bem-estar, eliminando a ansiedade e o estresse causado durante o atendimento odontológico. A analgesia, porém, não deprime o miocárdio (músculo do coração) e a função hepática (fígado), não provoca irritações nas mucosas e não produz espasmos brônquicos.

E quais seriam as desvantagens?

Infelizmente a técnica ainda é pouco difundida no Brasil, sendo cara a aparelhagem necessária. O profissional precisa estar habilitado, capacitado e devidamente treinado à realização do procedimento clínico sob analgesia inalatória.

Há riscos na sua utilização?

Basicamente, não há riscos. Entretanto, pela possibilidade da interferência na síntese de DNA, o emprego em gestantes é contra-indicado. Atenção especial em pacientes anêmicos, leucêmicos e imunocomprometidos.

No atendimento, o paciente é monitorado?

Sim. Durante todo o procedimento de analgesia inalatória por óxido nitroso e oxigênio, o paciente deve ser monitorado por oximetria (taxa de oxigênio no sangue), eletrocardiograma (mede a atividade elétrica do coração) e pressão arterial.

Há reações adversas decorrentes de sua utilização?

Desde que seguido corretamente o protocolo de utilização, são raras as reações adversas. Pouquíssimos pacientes apresentam náuseas e, para evitar esse desconforto, é recomendado estar em jejum antes da aplicação.

Orientações sugeridas por Irineu Gregnanin Pedron - Mestrando da Disciplina de Clínica Integrada da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e JOÃO MIGUEL FALQUEIRO - Professor do Curso de Habilitação em Analgesia Inalatória do CECATE.

Apicectomia

Apicetomia

0 que é apicetomia?
É uma cirurgia que tem por finalidade a remoção da lesão que se forma no ápice (ponta da raiz do dente). Existem dois tipos básicos de cirurgia: uma que apenas remove a lesão através de curetagem e outra que, além disso, remove o ápice da raiz.

Por que ocorre essa lesão na ponta da raiz?
Nessa região da raiz, existe um orifício pelo qual passam vasos e nervos que vão nutrir a polpa dentária. Quando a polpa está infectada, a região do ápice também poderá estar infectada e aí se forma um processo inflamatório.

Como isso e resolvido?
Normalmente, apenas a remoção da polpa dentária e a desinfecção do canal (tratamento de canal) são suficientes para promover a cura.

Então, por que é necessário realizar a cirurgia?
Porque nem sempre só com o tratamento consegue-se a eliminação da lesão no ápice da raiz.

Essa lesão causa dor?
Nem sempre. Muitas vezes, ela é assintomática, de desenvolvimento gradual e lento, provocando destruição óssea da região. Na maioria das vezes, apenas com a radiografia essa lesão poderá ser percebida.

Não há outros recursos? Tomar antibióticos resolve?
A prescrição de antibióticos em determinadas circunstâncias é um bom auxiliar; porém, a intervenção cirúrgica é necessária para a cura completa. Através dela, removem-se tecidos contaminados que estão fora do alcance das medicações.

0 problema estará resolvido definitivamente com essa cirurgia?
Dificilmente ocorrerá recidiva do processo. Esse fato é mais freqüente quando apenas se faz a curetagern sem a remoção da ponta da raiz. Aconselha-se controle radiográfico periódico.

0 dente ficará menos resistente a forças mastigatórias?
Não. Ficará menos resistente, certamente, se a lesão progredisse em volta da raiz, por falta de tratamento.

Poderá ser realiza da em qualquer tipo de dente?
0 acesso é mais fácil nos dentes anteriores superiores. Dependendo da anatomia e das condições locais, é possível que essa cirurgia seja realizada em outros dentes.

É uma cirurgia complicada?
Não é uma cirurgia complicada, pois não existe grande manipulação dos tecidos.

0 que se sente nas horas seguintes à cirurgia?
Normalmente, o pós-operatório é indolor ou provoca um desconforto mínimo, o que se resolve com analgésicos.

Orientações sugeridas por Maria da Graça Naclério Homem - Professora Doutora da Disciplina de Cirurgia Buco-Maxilo-Facial da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e Responsável pelos Serviços de Estomatologia e Cirurgia Buco-Maxilo-Facial do Hospital Heliópolis - SUS-SP.
REVISTA DA APCD V. 51, Nº 3, MAI./JUN. 1997

Traumatismos dentários

Traumatismos Dentários

Situações de emergência envolvendo a boca e os dentes quase sempre se transformam em experiências dramáticas para pais e crianças. As estatísticas mostram que cerca de 14% das crianças e adolescentes passam, de alguma forma, por essas situações de emergência.

Por isso, é importante estar preparado para se ter a atitude correta num momento desses.

Apresentaremos, assim, os traumatismos mais comuns e qual a melhor atitude que deve ser tomada em tais circunstâncias.

Cortes e sangramentos

Quando uma criança sofre um traumatismo que provoca corte ou sangramento, deve-se colocar no lugar, sobre o ferimento, uma compressa de gaze ou pano limpo e pressionar bem, para que o sangramento seja controlado. Muitas vezes, é necessário suturar o ferimento, para que a cicatrização se processe de maneira adequada, e, tão logo seja possível, deve-se consultar um dentista.

Os primeiros passos de uma criança

Os acidentes mais comuns que ocorrem na dentição de leite são os que envolvem bebês e crianças que estão aprendendo a andar.

0 dente amolece em seu alvéolo ou é deslocado de sua posição original, podendo se deslocar para dentro do alvéolo (intruir) ou descer, dificultando o fechamento da boca.

0 dentista deve ser consultado, para que a extensão do dano seja avaliada. Muitas vezes, esse dano é maior do que aparenta ser.

Freqüentemente, é preciso radiografar o dente e observar por um período determinado. 0 dentista deve também orientar os pais sobre os cuidados a serem tomados na área afetada, assim como sobre futuros problemas que poderão comprometer a dentição permanente.

Mudança de cor do dente que sofre traumatismo

É comum ocorrer, após 2 ou 3 dias do acidente, uma mudança de cor, um escurecimento da coroa do dente. Essa mudança pode se perpetuar; nesses casos, quase sempre há perda de vitalidade do dente, e um tratamento de canal se faz necessário.

Nos dentes de leite, nem sempre uma mudança de cor da coroa significa perda da vitalidade e, em muitos casos, a cor poderá retornar, ao seu normal. 0 dentista deve ser consultado, para ser feito o acompanhamento.

Dente fraturado

É comum a fratura de um ou mais dentes em conseqüência de um traumatismo. Além disso, muitas vezes, pode ocorrer que o nervo do dente se danifique.

Deve-se sempre consultar o dentista, para que ele possa avaliar a extensão do dano, tratar a fratura e prevenir eventualmente problemas da vitalidade futura do dente.

A melhor maneira de se evitarem fraturas nos dentes é prevenilas; assim, no caso de esportes, como andar de bicicleta, andar de "Skate", basquete, vôlei, jogos de futebol ou "rugby" e outros esportes coletivos, é importante o uso de protetores bucais.

Converse com o seu dentista a respeito.

Perda total de um dente

Em certas circunstâncias, como impactos horizontais, é comum acontecer um deslocamento total do dente.

É essencial que determinadas condutas sejam adotadas imediatamente, para que se aumentem as chances de salvar esse dente.

Se o dente for de leite, a colocação deste de volta em seu lugar não é indicada; a probabilidade de sucesso é mínima.

No caso do dente permanente, o reimplante é indicado.

Para que se obtenha sucesso no reimplante, é necessário:

- Manter a calma e fazer a criança morder uma gaze ou um pano limpo, com pressão para que se possa controlar o sangramento.

- Ache o dente.

- Pegue o dente somente pela coroa. Não toque na raiz.

- Resíduos devem ser cuidadosamente retirados do dente com soro fisiológico ou leite morno. Não esfregue o dente.

- Coloque o dente de volta no seu lugar (no alvéolo) na boca da criança. Não se esqueça: a parte côncava do dente é do lado de dentro da boca. Faça a criança morder uma gaze ou um pano limpo, para que o dente se mantenha na posição. Procure imediatamente um dentista.

- Se você não conseguir colocar o dente em sua posição, mantenha-o em uma solução de soro fisiológico ou em leite morno ou mesmo na boca da criança (debaixo da língua) e procure imediatamente um dentista. 0 resultado final de um reimplante depende muito do período que o dente ficar fora do alvéolo e da conservação do mesmo nesse período. 0 dente deverá ficar fora de seu alvéolo o menor tempo possível.

0 dente reimplantado deverá ser "fixado" pelo dentista em sua posição e ter o seu canal tratado; mesmo assim, com o decorrer do tempo, haverá uma diminuição do tamanho de sua raiz. 0 tempo médio da permanência de um dente reimplantado na boca é de 1 até 5 anos; muitas vezes, esse tempo é o necessário para que a oclusão se defina e novas condutas possam ser tomadas.

REVISTA DA APCD V. 51, Nº 2, MAR./ABR. 1997

Implantes odontológicos

Implantes Odontológicos

0 que são implantes osseointegrados?
São uma nova geração de implantes, introduzidos a partir da década de 60, mas que só agora atingem um grau de aceitabilidade pela comunidade científica internacional. São, normalmente, parafusos de titânio introduzidos cirurgicamente nas áreas desdentadas e, sobre eles, são instalados dentes artificiais (prótese dentária).

0 que existe de mágico no titânio?
Nada. É um material usado em Ortopedia há muitas décadas. Simplesmente o titânio não sofre corrosão quando inserido no corpo humano e não apresenta fenômenos de rejeição imunológica.

Em que situações não deve ser colocado?
Apenas em 2 situações: em pacientes com determinados problemas de saúde de ordem geral e quando não houver espessura e altura óssea suficientes para acomodar os implantes.

E quanto à idade?
Não existe limite de idade: a partir da puberdade, qualquer pessoa pode receber implantes.

Se não tiver osso suficiente, existem maneiras de aumentar a quantidade de osso disponível?
Sim. Dever ficar muito bem claro que esses procedimentos são relativamente novos, ainda não suficientemente testados, e só devem ser empregados em casos absolutamente necessários, com total conhecimento de todos os riscos e custos por parte do paciente.

Quanto dura a cirurgia para instalar o implante?
Normalmente, entre 60 a 90 minutos. Somente em casos excepcionais esse tempo é dilatado.

Quais os riscos cirúrgicos?
Mínimos. A cirurgia é feita normalmente com anestesia local e é muito mais simples que outros procedimentos cirúrgicos odontológicos, como a extração de um dente incluso, por exemplo. 0 pós-operatório é muito bom e a maioria dos pacientes não relata qualquer incômodo maior.

A prótese é colocada imediatamente após a cirurgia?
Para os casos de próteses totais, elas são colocadas 3 ou 4 dias após a cirurgia e, em casos de próteses parciais, muitas vezes, não fica nenhum dia sem a prótese. Quase sempre são próteses provisórias, sendo substituídas depois de alguns poucos meses pelas definitivas.

A prótese fixada por implantes é melhor que as convencionais "ponte móvel" e "dentadura"?
A exemplo das próteses fixadas sobre os dentes, as fixadas sobre os implantes têm como maior vantagem não se soltarem durante a mastigação, propiciando maior conforto, segurança e eficiência.

Os resultados estéticos são bons?
Expectativa demasiada é comum mas, normalmente, é sucedida de uma certa parcela de frustração. Em muitos casos, a solução estética é apenas aceitável.

Todas as próteses fixadas ou não sobre os implantes não são como os dentes na turais. 0 melhor é pensar nas vantagens funcionais.

Quanto tempo dura um implante? Qual a chance de dar certo?
Pode-se afirmar que 95% dos casos, se os implantes não forem perdidos nos do primeiros anos de uso, durarão toda a vida. Estudos demonstram que implantes de boa procedência apresentam taxas de sucesso acima de 90% no maxilar superior e, 97%, no inferior.

Do que depende o sucesso do implante?
De vários fatores, mas o principal é a observância do protocolo (receita completa de como e quando se faz o implante). E necessário que o profissional seja meticuloso e treinado na técnica.

Porque é tão caro?
0 preço está em visível queda. Adiar a colocação do implante, por razões financeiras, é melhor do que colocar um sistema mais barato e não confiável.

Informações sugeridas pelo Núcleo de Apoio à Pesquisa em Implantes Odontológicos - NAPIO - Faculdade de Odontologia de Bauru - USP. Coordenador: Aguinaldo Campos Júnior.
REVISTA DA APCD V. 48, Nº 4, JUL./AGO. 1994